Carcassonne

Um jogo novo que, mesmo assim, tem conquistado admiradores em todo o mundo, criado por Klaus-Jürgen Wrede e publicado pela primeira vez em 2000, foi considerado no ano seguinte o melhor jogo de tabuleiro do ano.
Deve o seu nome à cidade medieval fortificada Carcassonne, em França, famosa pelas suas muralhas, o jogo transporta-nos para essa época e para aquilo que a mesma incluía.



O jogo decorre numa paisagem medieval construída pelos jogadores à medida que o jogo vai progredindo. O jogo começa com um terreno base à qual os jogadores vão acrescentando, uma a uma, as 71 bases disponíveis, que vão sendo retiradas aleatoriamente da sua pilha. O jogo vai desenrolando e com ele aparecem terrenos, caminhos, cidades que têm que estar relacionadas entre si.



Depois da colocação de um terreno o jogador tem a possibilidade de colocar um meeple na peça de terreno e estes, de acordo com a sua colocação assumem personagens e diferentes tipos de pontuação. Assim, quando colocado numa estrada o meeple transforma-se num ladrão, se é colocado numa cidade é um cavaleiro, numa igreja será um abade e, finalmente, num terreno temos um lavrador. Dependendo da personagem que é assumida os pontos atribuídos são diferentes.



Para além de ser um jogo rápido (30 a 90 minutos) é simples, mas, simultaneamente, viciante podendo ser jogado por 2 a 5 jogadores (6 quando acrescentamos expansões), dos 8 aos 80 todos poderão participar.
Uma outra vantagem deste jogo é a sua possibilidade de variação nenhum jogo é igual e se adicionarmos as muitas expansões disponíveis as variantes e o interesse vai aumentando. Seguramente um dos melhores jogos de tabuleiro da era moderna!

Um Pouco de História

Todos nós que gostamos de jogos de tabuleiro, mas há curiosidades históricas que nos passam ao lado, assim resolvi fazer um pequeno prelúdio sobre os mesmos. Assim aqui ficam algumas curiosidades.
Como o nome sugere os jogos de tabuleiro são jogados numa superfície plana ou tabuleiro que compreende um mapa ou um esquema que guiará os jogadores ao longo do jogo. Os jogos de tabuleiro poderão ser de sorte (baseados nos dados), estratégia (lógica e inteligência), conhecimento (cultura geral, como são os jogos de perguntas) ou corrida (rapidez, quem consegue chegar mais rapidamente ao final).
A sua origem é atribuída à região do Antigo Egipto e Mesopotâmia onde existem alguns registos de imagens de tabuleiros. Mais certa é o aparecimento de vestígios nas civilizações mais antigas como a China, Índia, Japão, Pérsia, Grécia e, julga-se que a partir daí, passaram para Roma e outros países europeus e do norte de África.

Gamão: esta família de jogos terá tido origem no início das civilizações egípcia e suméria. Tabuleiros semelhantes aos de hoje foram encontrados em escavações arqueológicas.



Xadrez: terá surgido na Índia as primeiras referências datam do século VII.



Damas: Europa medieval será a sua origem sem que se possa precisar local e data, mas, sem dúvida, muito influenciado pelos jogos Alquerque (ou Qirkat) e do Xadrez.



Ludo (Pachisi): surgiu na Índia, possivelmente na mesma época do Xadrez, a sua designação original era Pachisi. Foi patenteado como Ludo por um inglês no final do século XIX e assim se foi mantendo até aos nossos dias.



Go: designação pela qual é reconhecido no Japão e no Ocidente o jogo Wei Qi, aparentemente de origem chinesa. As primeiras referências ao jogo datam do século 6 A.C., mas é provável que tenha surgido muito antes dessa data. Poderá ser considerado, sem grandes margens para erro, como o jogo de tabuleiro mais antigo do mundo, no sentido que é aquele que há mais tempo permanece inalterado, permanece muito popular na Ásia.



Dominós: A origem dos dominós é atribuída à China. As referências de dominós na Europa surgem partir do século XVIII, mas poderão ter entrado no velho continente muito antes. Permanecem muito populares num grande número de países, nomeadamente no nosso.



Estes representam os primórdios dos jogos de tabuleiro, assim, entre os mais antigos e as novidades irei colocar artigos mais pormenorizados dedicados a cada um.